RAMOS/RJ/"REDAÇÃO"
(Ainda com dores no corpo) - Salve
galera! Dois dias após a corrida, ainda sinto dores daquela que foi uma das
mais castigantes corridas de kart que já participei na minha vida. Não sei
porque, nesse dia ao final, eu estava um lixo. Me alimentei bem, estava
hidratado, mas sei lá, ao final da bateria, eu estava no meu pior momento,
fisicamente falando. Estava difícil de respirar, eu estava trêmulo e sentindo
um calor absurdo. Sentimento esse que foi compartilhado com outros amigos que
também estranharam o que sentiram ao final da corrida. Vai saber. O que eu
tirei de lição pra mim é o seguinte: Embora 2015 não tenha nem acabado, se eu
quiser brincar de forma mais competitiva em 2016, terei que trabalhar mais o
meu lado físico, sem dúvida. Principalmente pra quem agora acaba de chagar a casa
dos 40. Tenho que me cuidar mais um pouco. Bom, passado o susto, o resto,
graças ao bom DEUS, foi só alegria, a começar pela corrida do meu Pai, que
antecedeu a minha. Meu Pai esse ano caiu numa categoria ( a Light), que é a
mais dura e competitiva do meu grupo, e ele vem ali no miolo do campeonato,
salvo engano em 5º. Para essa prova do Point ele não pode treinar, e ele é o
piloto mais velho do grupo. Tudo isso joga contra o meu corôa, e eu claro, me
preocupo muito com ele. Estava muito abafado lá na pista do Point Kart no
Domingo. Valentemente ele conseguiu largar em 3º, e manteve essa posição até o
final, mesmo sem quase não conseguir segurar o seu corpo no kart, tamanho era o
esforço para fazê-lo. Contando aqui não dá para descrever muito bem, mas,
para terem uma noção, as voltas finais, as 10 voltas finais, foram de matar
qualquer um do coração. Ele quase morrendo em cima do Kart, e o Vitor fungando
no cangote dele, doido para ultrapassá-lo. Mas valentemente, como eu disse, ele
resistiu e chegou ao fim, e na boa, acho que isso serviu de estímulo pra mim,
pois vou lhes dizer uma coisa: Minha corrida, como a do meu Pai, durou 40
voltas, na volta 22 eu já estava morto com farofa...
Terminada
a corrida do meu Pai, chegou a minha hora. Peguei o kart nº 3, que foi usado
pelo Vitor (que sufocou o meu Pai a corrida inteira) e isso me deixou
tranquilo, porque sabia que isso era indicativo de kart bom, e dito e feito. Me
ajeitei no kart, saí para as primeiras voltas do qualify e bingo, P1 ! O kart
era bom ! Alinhamos, grid montado e bandeira quadriculada! Largamos! Larguei
com uma certa dificuldade, por conta do lastro que sou obrigado a carregar
(mais de 10 kg...), e quase que o meu grande amigo Rodrigo toma o meu lugar,
mas consegui me defender. Levei um sufoco do Rodrigão nas primeiras voltas e
depois impus meu ritmo. Chegamos a 10ª volta, utilizamos o JOKER, que é uma
regra POINT KART/AMIZAKART, onde o piloto pode cortar caminho por uma parte da
pista que fica aberta, uma única vez, e seguimos em frente. Daí para frente,
acho que todo mundo foi perdendo performance, inclusive eu (risos), por sorte o
Rodrigão também cansou e tirou o pé, e fomos meio que um marcando o outro até o
final. A conclusão que nós dois chegamos é que se a prova tivesse mais umas 10
voltas, não aguentaríamos! (risos!).
E
foi assim, venci numa pista que adoro correr, onde os donos são mais que meus
amigos, são pessoas especiais, que nos ofereceram equipamentos equilibradíssimos,
uma atendimento fora de série, essa possibilidade do JOKER que é algo exclusivo
para o nosso grupo, e a própria dificuldade e desafio que a pista do Point Kart
me provoca, o que particularmente, é algo que eu sinto falta. Não posso ficar
muito tempo longe dessa pista.
Mais
uma vez, vencer em casa, onde fui moldado como kartista amador, onde fiz escola
de pilotagem, é sempre uma alegria enorme para mim, tem sim, um gosto muito
especial.
Um
grande abraço a todos e até dezembro em Volta Redonda, com a nossa última etapa
com rodada dupla.
Maurício
Filho
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