segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CBA: Cada vez melhor...

RAMOS/RJ/"REDAÇÃO" (Mais um morrendo...) - Ao lado, foto do Autódromo Internacional de Caruaru, que atualmente está abandonado. Vacas pastam no local, para comer o mato que cresce e demonstra como o automobilismo é tratado no Nordeste, Pernambuco, Estado natal do presidente da CBA.



Abandonado
Publicado em 05.09.2010

Com infraestrutura precária, pista de Caruaru ficará de fora do calendário 2011 das principais categorias do País Alexandre Arditti Especial para o JC O asfalto está excessivamente desgastado, em partes esburacado e com várias rachaduras.

O mato invadiu a pista em diversos trechos, destruindo pedaços das zebras (contorno colorido para aumentar a aderência dos carros nas curvas) e das áreas de escape. Os boxes não têm água encanada e a cabine de comando está com infiltração. Este é o retrato do Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Caruaru, a 140 km do Recife, que se candidata a receber as principais categorias do automobilismo nacional em 2011.

As pretensões caruaruenses terão fim em novembro, com a apresentação do calendário 2011
das categorias nacionais e a confirmação de que a cidade está fora dos planos da Confederação Brasileira de Automobilismo. Para a CBA, o autódromo precisa ser reformado para então ter chances de receber uma prova da Stock Car, da GT3 Brasil ou da Fórmula Future. “Não há a menor possibilidade de levarmos essas categorias para Caruaru. A pista está péssima”, sentenciou o presidente da CBA, o pernambucano Clayton Pinteiro.

Proprietária do autódromo, fundado em 13 de dezembro de 1992, a Prefeitura de Caruaru reconhece que não tem dinheiro para realizar a primeira reforma da história da pista, orçada em R$ 2,5 milhões. Por isso, nos últimos meses, vem apelando ao governo do Estado para que assuma a dianteira da obra, que inclui o recapeamento e o nivelamento dos 3.180 metros do circuito, assim como o alargamento do traçado em dois ou três trechos.

Sem isso, os carros não suportariam poucas voltas no autódromo caruaruense. O asfalto abrasivo, esburacado e rachado acabaria destruindo os assoalhos e as suspensões dos protótipos, assim como aconteceu na etapa agrestina da Fórmula 3 Sul-Americana, em maio.

Dos 13 pilotos que largaram, apenas cinco cruzaram a linha de chegada. Os outros quebraram pelo caminho. “Sabemos que a pista precisa ser reformada e modernizada, mas não temos dinheiro”, lamentou o diretor do autódromo e funcionário da Prefeitura, Pedro Manuel.

Apesar de reconhecer os sérios problemas de infraestrutura do circuito que administra, Pedro Manuel ainda acredita que Caruaru pode ser a novidade do calendário 2011 de algumas categorias nacionais. Ele conta sua estratégia para convencer os cartolas da CBA. “Só quero um ofício assinado pelo governador Eduardo Campos comprometendo-se a realizar a reforma. Com essa garantia, poderei convencer os diretores da Confederação a nos incluir”, explicou, entusiasmado.

O secretário de Esportes do Estado, George Braga, até se colocou publicamente à disposição, em maio, para captar em Brasília os recursos para a reforma, nos ministérios dos Esportes e do Turismo. Só que, dias depois, descobriu que a Prefeitura de Caruaru não havia sequer desenvolvido um projeto para a obra. “O que estava no papel era um esboço bastante rudimentar das mudanças, insuficiente para buscar dinheiro público federal”, informou a secretaria estadual.

Agora, a esperança da Prefeitura de Caruaru é convencer o governo do Estado a assumir completamente a execução da obra. A possibilidade não está totalmente descartada, mas nada deve ser feito até o fim do ano – o primeiro passo será confeccionar o projeto de engenharia da reforma. A Secretaria de Esportes informou apenas que não há prazo para o início dos trabalhos e nem detalhes de como eles serão conduzidos.

Com isso, acabam as esperanças dos pernambucanos de assistir às principais categorias do País em Caruaru, no próximo ano. Como de praxe, a única exceção será a Fórmula Truck, que tem contrato até 2011. Rumores dão conta que, se a reforma não sair do papel, os caminhões não voltam para Pernambuco em 2012. Cada vez mais vazio, o autódromo se dá ao luxo de abrir as portas para que vacas pastem em suas dependências, como visto na última quarta-feira. Com o consentimento da direção do circuito, elas são levadas para lá por pequenos criadores para que desempenhem um “trabalho gratuito”: tentar evitar que o mato tome conta dos arredores da pista. Mas, pelo visto, nem isso.

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