sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Privatização dos autódromos no Brasil? Eu apoio !

RAMOS/RJ/"REDAÇÃO" (Sonho com isso...) - Save turma ! Eu acho que essa é a única solução para o automobilismo no Rio de Janeiro, e no Brasil.

Mas não se iludam, pois para que isso realmente funcione, é preciso que haja comprometimento, capacidade administrativa e financeira por trás, dando o suporte necessário para a coisa andar.

Abaixo, um texto de JOÃO PAULO BORGONOVE, abordando muito bem o tema.

Fonte: [http://colunistas.ig.com.br/grandepremio/2010/09/29/da-privada-para-o-privado/


Da privada para o privado

"A maioria dos autódromos do Brasil estão em estado deplorável, e isso não é novidade pra ninguém. Estrutura de várzea, buracos, falta de segurança. Tudo isso faz parte de uma triste realidade. Interlagos e Curitiba, bem administradas, são exceção. O Velopark é novo, mas tem um diferencial – e que vai sempre mantê-lo moderno e bem cuidado: é de propriedade particular, um centro de automobilismo com várias fontes de renda.

Isso dá certo, porque se o autódromo não estiver bom, o dono não vende seu produto e, com isso, não ganha dinheiro. As condições para o público também são boas, já que os donos também fazem dinheiro com lojas e lanchonetes alocadas dentro das acomodações.

Nos EUA é assim, mas vou usar a Inglaterra, que é um bom exemplo, um pouco mais próximo da realidade das nossas pistas. Circuitos de longa data, a maioria construídos em antigos aeroportos militares, têm se modernizado, mas sem dinheiro do governo. Todos são financiados por empresas de gerenciamento, sempre buscando melhorar seus produtos.

A maior investidora nesse segmento é a Motorsport Vision, empresa encabeçada pelo ex-piloto Jonathan Palmer, que, além de gerir circuitos, também cuida de categorias, como a F2. A empresa cuida das estruturas de Brands Hatch, Oulton Park, Cadwell Park e Snetterton. Silvertone é gerida pela Octagon, enquando Donington Park pertence à família Wheatcroft.

Silverstone, a principal pista inglesa – ou até a principal da Europa – passou por recentes reformas, aumentando seu traçado, melhorando áreas de escape e, para o próximo ano, a estreia de um novo paddock está prevista. Havia perdido a F1, mas voltou a recebê-la, já que Donington Park não conseguiu concluir suas obras para receber a categoria.

Mas a história de Donington é mais complicada. Uma empresa foi criada para coordenar as reformas e o GP da Inglaterra a partir de 2010, mas ela falhou. E essa falha pode ser creditada ao adoecimento – seguido da morte – de Tom Wheatcroft, apaixonado por automobilismo e milionário, que comprou a pista em meados dos anos 90. Tom morreu no final do ano passado e, poucas semanas depois, Bernie Ecclestone definiu que Silverstone continuaria com a corrida, já que as obras estavam muito atrasadas.

Mas Tom não cuidava das reformas. Quem cuidou disso foi a Donington Ventures Leisure, que quebrou. A pista voltou às mãos da família Wheatcroft e, após um ano inativa, reestreia no final desse ano com categorias de carros antigos. Do traçado original, pouca coisa foi alterada. Ano que vem deve voltar a receber as grandes categorias da Inglaterra.

Já as pistas da Motorsport Vision seguem em plena evolução. Brands Hatch, após a decaída de Donington, tornou-se a segunda pista mais importante da Inglaterra nos dias atuais, recebendo categorias inglesas, europeias e mundiais. Tem boa estrutura, mas segue sendo uma das pistas mais perigosas do mundo, mais por conta de suas características que por negligência.

Oulton Park, criada em 1950, recebeu uma repaginada em 2007 e ficou mais moderna e segura. Já Snetterton vai receber uma repaginação a partir do início do próximo ano, ganhando novo paddock e um novo traçado, bem maior que o original, que será mantido, vale lembrar. Cadwell Park não suporta grandes eventos, mas, se Palmer seguir com os investimentos, logo veremos a charmosa pista – que em determinada parte faz com que as motos saiam do chão após um salto, devido ao relevo – volte a figurar nos campeonatos mais importantes.

Essa é a realidade das pistas inglesas. Tem lá suas bagunças, como em todos os lugares, mas está funcionando. O mercado pede essa evolução. Pode ser efeito das atuais conquistas de Lewis Hamilton e Jenson Button? Pode, sim. E, com pistas boas, bons pilotos ingleses estão surgindo novamente. Tendo onde correr, eles surgem, mesmo.

Onde quero chegar é: as pistas brasileiras precisam de um mantenedor próprio, separado das prefeituras e do Governo. Dá muito gasto e pouco lucro. Seria uma privatização dos autódromos, então? Sim. Por que não? O povo, o cidadão, tira algum proveito do autódromo? Que eu saiba, não. Na verdade, nas mãos de empresas, a qualidade aumentaria, e com isso, novas categorias e novos públicos chegariam à cidade, o que se torna rentável para toda a população.

Esse tipo de privatização não faz mal ao cidadão comum, diferentemente de estradas, energia, educação e saúde. Pode parecer um absurdo, mas pense bem, não é. É só ler os elogios ao Velopark. Toda categoria quer correr lá.

Piracicaba inaugurou um autódromo nesse final de semana. É um passo. Precisa evoluir muito, ainda. E vai, já que os organizadores querem ver retorno em seus investimentos. É um caminho que, creio eu, deve ser seguido.

Tarumã é privado, eu sei, mas não é cuidado com o devido merecimento. O lucro do autódromo é obtido, principalmente, de ‘rachas’ – denominação usada por eles, com a campanha de promover competições ao cidadão comum. Consegue se manter, mas não evolui e, por isso, perdeu os principais eventos do País."


Um comentário:

  1. O autodromo de Jacarepagua so foi pro ralo pq os interesses mesquinhos foram mais forte,como a quase destruicao do museu do trem para construir o engenhao (q dp mostrou rachaduras!!!!!!!!!!) Mas voltando pro autodromo, oq houve e q o maconhodromo do rock in rio nao podia ser destruido pois viciados em rock e outras coisas sao muitos e dao muitos votos pro canalha do Cesar (Bonaparte) Maia!!!!!!!!!!!!! Ja os Engenheiros,tecnicos,mecanicos e pilotos.............. (nao preciso dizer mais nada, ne.......)

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